Nobre Senador Demóstenes,
Fico realmente feliz de saber que minhas palavras mecheram com sua excelentíssima consciência. Fico também muito feliz de estar enganada a respeito de sua dedicação integral a projetos que não beneficiam em nada a tão carente juventude brasileira, carente de tudo mesmo de recursos, de bons exemplos, de interesse público e principalmente carente de compreensão. Faço coro com Vossa Excelência quanto à aprovação da escola integral. Acho uma idéia excelente! Geraria empregos, diminuiria o tempo ocioso dos jovens, melhoraria (acredito eu) o nível de ensino, entre muitos outros benefícios. Se sua intenção é verdadeiramente "fazer o que puder para salvar essa juventude", acredito que não só eu, mas todos aqueles que acreditam na juventude, também apoiarão esse projeto. E, ao contrário de que O nobre senador acredita, não estou nem um pouco interessada em criticar apenas, pertenço a uma geração que nem perde tempo em criticar, mas felizmente pertenço a uma minoria que acredita em um outro mundo possível, que acredita no poder de atos e palavras coerentes para modificar uma realidade tristemente violenta como a do Brasil. Eu penso que o nosso país precisa de iniciativas eficazes não só no combate à violência, como também para diminuir a desigualdade social e para acabar com o preconceito, a ignorância e a imensa omissão que assombram o povo brasileiro. Como cidadã e principalmente com cristã que sou, apóio sim a iniciativa da escola em tempo integral, como apóio projetos para modificação do sistema penitenciário, uma reforma política eficiente,o fim da imunidade parlamentar e esse (eu diria) mau hábito de ficara travancando as pautas de votação, mas continuo a condenar a redução da maioridade penal e todos aqueles que a defendem por não conhecer, de fato, o rosto da juventude. Nobre senador, encerro dizendo que hipócritas são aqueles que fazem aquilo em que não acreditam, que não tem ideais, ou se tem, fingem não vê-los sendo destruídos. E, se em palavra de senador ainda se acredita, cumpro o combinado, apóio o projeto de Vossa Excelência e faço também que outros o apóiem, e em troca reveja seus conceitos, vá conhecer a juventude e depois, repense a questão da redução da maioridade penal.
Mais uma vez:
"Se os maus fazem tudo o que podem para corromper a juventude, façamos nós tudo o que pudermos para salvá-la."
Atenciosamente,
Nathalia Dutra.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
sexta-feira, 3 de julho de 2009
CARTA DE UMA JOVEM CONTESTADORA
Caro senador,
Há muito tempo viveu em Roma uma mulher incrível chamada Paula, que deixou sua casa e sua família para cuidar de jovens doentes e para dar a eles carinho, proteção e educação. Essa mulher, Paula, inspirou milhares de pessoas pelo mundo a fazer o mesmo, parece que o nobre senador não foi uma delas. Eu não sei bem quais foram seus argumentos para defender a redução da maioridade penal, e nem sei quais foram as "armas" para convencer seus nobres colegas, o que eu realmente sei é que esse pode ter sido omais infeliz dos seus projetos que, sem contar com a sorte, visto que estamos no Brasil, logo será esquecido ou desvinculado do seu nobre nome.
O nobre senador acredita mesmo que essa é uma saída para diminuir a criminalidade? Acredita realmente que colocar jovens de dezesseis cadeia, nessas que conhecemos bem Brasil a fora, vai cumprir o papel sócio-educativo para o qual elas foram criadas? Caro Senador, ao invés de ter essa infeliz idéia, porque não se empenha em criar projetos que possam salvar essa juventude, e não condenar? Por que não começa a se interessar por projetos para educação, segurança, saúde?
Porque com isso seu nome será esquecido mais facilmente? Porque a mídia dará menos importância? Eu até entendo seus motivos, vida de político no Brasil é mesmo muito difícil!
Para finalizar, não poderia deixar de citar Paula: "Se os maus fazem tudo o que podem para corromper a juventude, façamos nós tudo o que pudermos para salvá-la!"
Nobre senador, não cabe a mim dizer em qual parte dessa frase vossa excelência se encaixa, cabe somente à sua nobre consciência.
Nathália Ductra.
Há muito tempo viveu em Roma uma mulher incrível chamada Paula, que deixou sua casa e sua família para cuidar de jovens doentes e para dar a eles carinho, proteção e educação. Essa mulher, Paula, inspirou milhares de pessoas pelo mundo a fazer o mesmo, parece que o nobre senador não foi uma delas. Eu não sei bem quais foram seus argumentos para defender a redução da maioridade penal, e nem sei quais foram as "armas" para convencer seus nobres colegas, o que eu realmente sei é que esse pode ter sido omais infeliz dos seus projetos que, sem contar com a sorte, visto que estamos no Brasil, logo será esquecido ou desvinculado do seu nobre nome.
O nobre senador acredita mesmo que essa é uma saída para diminuir a criminalidade? Acredita realmente que colocar jovens de dezesseis cadeia, nessas que conhecemos bem Brasil a fora, vai cumprir o papel sócio-educativo para o qual elas foram criadas? Caro Senador, ao invés de ter essa infeliz idéia, porque não se empenha em criar projetos que possam salvar essa juventude, e não condenar? Por que não começa a se interessar por projetos para educação, segurança, saúde?
Porque com isso seu nome será esquecido mais facilmente? Porque a mídia dará menos importância? Eu até entendo seus motivos, vida de político no Brasil é mesmo muito difícil!
Para finalizar, não poderia deixar de citar Paula: "Se os maus fazem tudo o que podem para corromper a juventude, façamos nós tudo o que pudermos para salvá-la!"
Nobre senador, não cabe a mim dizer em qual parte dessa frase vossa excelência se encaixa, cabe somente à sua nobre consciência.
Nathália Ductra.
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