quarta-feira, 8 de julho de 2009

CARTA DE UMA JOVEM CONTESTADORA II

Nobre Senador Demóstenes,

Fico realmente feliz de saber que minhas palavras mecheram com sua excelentíssima consciência. Fico também muito feliz de estar enganada a respeito de sua dedicação integral a projetos que não beneficiam em nada a tão carente juventude brasileira, carente de tudo mesmo de recursos, de bons exemplos, de interesse público e principalmente carente de compreensão. Faço coro com Vossa Excelência quanto à aprovação da escola integral. Acho uma idéia excelente! Geraria empregos, diminuiria o tempo ocioso dos jovens, melhoraria (acredito eu) o nível de ensino, entre muitos outros benefícios. Se sua intenção é verdadeiramente "fazer o que puder para salvar essa juventude", acredito que não só eu, mas todos aqueles que acreditam na juventude, também apoiarão esse projeto. E, ao contrário de que O nobre senador acredita, não estou nem um pouco interessada em criticar apenas, pertenço a uma geração que nem perde tempo em criticar, mas felizmente pertenço a uma minoria que acredita em um outro mundo possível, que acredita no poder de atos e palavras coerentes para modificar uma realidade tristemente violenta como a do Brasil. Eu penso que o nosso país precisa de iniciativas eficazes não só no combate à violência, como também para diminuir a desigualdade social e para acabar com o preconceito, a ignorância e a imensa omissão que assombram o povo brasileiro. Como cidadã e principalmente com cristã que sou, apóio sim a iniciativa da escola em tempo integral, como apóio projetos para modificação do sistema penitenciário, uma reforma política eficiente,o fim da imunidade parlamentar e esse (eu diria) mau hábito de ficara travancando as pautas de votação, mas continuo a condenar a redução da maioridade penal e todos aqueles que a defendem por não conhecer, de fato, o rosto da juventude. Nobre senador, encerro dizendo que hipócritas são aqueles que fazem aquilo em que não acreditam, que não tem ideais, ou se tem, fingem não vê-los sendo destruídos. E, se em palavra de senador ainda se acredita, cumpro o combinado, apóio o projeto de Vossa Excelência e faço também que outros o apóiem, e em troca reveja seus conceitos, vá conhecer a juventude e depois, repense a questão da redução da maioridade penal.
Mais uma vez:
"Se os maus fazem tudo o que podem para corromper a juventude, façamos nós tudo o que pudermos para salvá-la."

Atenciosamente,

Nathalia Dutra.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

CARTA DE UMA JOVEM CONTESTADORA

Caro senador,

Há muito tempo viveu em Roma uma mulher incrível chamada Paula, que deixou sua casa e sua família para cuidar de jovens doentes e para dar a eles carinho, proteção e educação. Essa mulher, Paula, inspirou milhares de pessoas pelo mundo a fazer o mesmo, parece que o nobre senador não foi uma delas. Eu não sei bem quais foram seus argumentos para defender a redução da maioridade penal, e nem sei quais foram as "armas" para convencer seus nobres colegas, o que eu realmente sei é que esse pode ter sido omais infeliz dos seus projetos que, sem contar com a sorte, visto que estamos no Brasil, logo será esquecido ou desvinculado do seu nobre nome.
O nobre senador acredita mesmo que essa é uma saída para diminuir a criminalidade? Acredita realmente que colocar jovens de dezesseis cadeia, nessas que conhecemos bem Brasil a fora, vai cumprir o papel sócio-educativo para o qual elas foram criadas? Caro Senador, ao invés de ter essa infeliz idéia, porque não se empenha em criar projetos que possam salvar essa juventude, e não condenar? Por que não começa a se interessar por projetos para educação, segurança, saúde?
Porque com isso seu nome será esquecido mais facilmente? Porque a mídia dará menos importância? Eu até entendo seus motivos, vida de político no Brasil é mesmo muito difícil!
Para finalizar, não poderia deixar de citar Paula: "Se os maus fazem tudo o que podem para corromper a juventude, façamos nós tudo o que pudermos para salvá-la!"
Nobre senador, não cabe a mim dizer em qual parte dessa frase vossa excelência se encaixa, cabe somente à sua nobre consciência.

Nathália Ductra.